O dia catastrófico

A saída de Sérgio Moro (Ministro da Justiça) foi resultado de uma profunda traição do Presidente Jair Messias Bolsonaro, não só ao próprio Moro, mas também aos seus eleitores. Bolsonaro foi eleito com o discurso hipócrita de que combateria a corrupção com isonomia e com carta branca dada ao ex-juiz. Porém suas próprias ações só evidenciam que não existe nada de nova política, tudo é tão velho como sempre foi desde o ano 1.500.

Não estou afirmando que Moro seria a esperança no combate a corrupção e nem muito menos Bolsonaro. Até porque nunca acreditei no discurso desse tal governo. No entanto, a saída de Moro hoje é uma facada na “esperança” de quem achava que Bolsonaro seria necessário.

Bem, por outro lado, eu acho incrível a “capacidade” do Presidente ser oposição dele mesmo. Ele atira nos próprios pés e ainda se faz de vítima. E o pior: ele conseguiu gerar uma profunda crise política em meio a nossa maior crise econômica, causada pela pandemia do COVID-19.

Eu até concordo com alguns amigos que Bolsonaro não é o único culpado pela crise econômica que foi gerada exclusivamente pelo novo coronavírus. No entanto, ele já é totalmente culpado pela crise política que já se instalou neste país durante as últimas semanas. Tal crise trará sérias consequências para a economia brasileira tanto quanto o COVID-19 está trazendo. Estamos descendo os andares do poço, meus amigos.

Não venho aqui celebrar o “quanto pior melhor”, mesmo sendo acusado por alguns que insistem em defender o Presidente em qualquer situação. Mas garanto que o pior não aconteceu hoje, já vem lá de trás. Sabemos hoje que a frase de Tiririca “pior do que tá não fica” foi uma baita Fake News.

Portanto, eu reafirmo o seguinte: competência/gestão não se diz, competência se vê. Característica essa que é impossível de ser enxergada sob a liderança de Jair Messias Bolsonaro.

Vamos ao próximo capítulo, porque o de hoje foi catastrófico.